HISTÓRIA DA CIDADE
Na cidade de Serro soube-se que o Rio do Peixe, que se encontra com outro rio (antigo Ribeirão do Gaya), era um lugar de muito peixe e ouro. Por volta de 1770 o português Domingos Barbosa de Carvalho, vindo de Serro, se instalou na região (pertencente até então ao português João Lopes de Albuquerque) após encontrar indícios de ouro e diamente nos rios que cortam a região. Nesta época o Ribeirão do Gaya foi rebatizado de Folheta, já que o ouro era encontrado em folhetos, ou seja, em lascas de ouro.
Domingos Barbosa construiu sua morada no ponto mais elevado da região, morro conhecido como "Alto da Palha", por razões de segurança e religiosas, pois acreditava-se à época que um dilúvio estaria por vir. Ergueu uma capela dedicada a São Domingos (posteriormente padroeiro de Dom Joaquim, cuja imagem foi trazida de Portugal - clique aqui para saber mais sobre a vida do padroeiro), do qual era devoto. Ao redor desta, assim como na tradição dos primeiros povoamentos em terra de Minas Gerais, formou-se o Arraial de São Domingos (que 100 anos mais tarde ganharia o nome de Arraial de São Domingos do Rio do Peixe).
Com o passar do tempo, Domingos e sua comitiva chegaram à conclusão que deveriam mudar-se para um terreno mais baixo, já que buscar água era algo muito trabalhoso (inicialmente realizado por escravos). Em 1818 passaram para a margem esquerda do Rio Folheta, onde cultivaram suas lavouras. À essa época, o Arraial era vila de Diamantina (assim como Serro).
OPINIÃO DO TOLEDO
A cidade é muito simpática, mas perdeu muito com a chegada da mineração. No Centro, há um balneário com uma bela queda d’água, mas que suja de terra quando chove mais por causa das atividades minerárias. No entanto, existem outras opções mais afastadas e com águas transparentes, como a Serrinha. Outro pelo local é o encontro dos rios Jecem e do Peixe. Há também na cidade uma fazenda que produz rapadura como há séculos, além de muitas quitandas e doces, um paraíso para quem gosta da tradicional culinária rural de Minas Gerais.